Hoje sonhei que voava. Bem sei que sonhos não são realidades e parece-me que não haja ninguém que já tenha sonhado pelo menos uma vez na vida que não tenha voado. Ícaro também quis voar e Bartolomeu de Gusmão também. Tantos anos de diferença entre Ícaro, que não sabemos se existiu, e a passarola que nunca voou e todos voamos um dia entre umas asas que foram de cera e o vazio do nosso quarto de cama. Mas este voo foi diferente, foi sobre as montanhas, sabes, aquelas montanhas, que desenhávamos na folha de papel cavalinho, sempre acabadas em bico onde lhe fazíamos um babete recortado de neve. Atravessei os riscos do papel até ao outro lado. Só que do lado de lá nada existia e eu tive de pousar.
Foto e texto do autor. Todos os direitos reservados.
Quando eu era adolescente, diziam que sonhar que está voando era sinhal que estava crescendo. Depois, quando cresci, era porque estava tendo uma viagem astral - se bem que nunca entendi o significado disso.
ResponderEliminarDe qualquer forma, voar tão livremente, mesmo em sonho, é uma delícia!
Gosto muito da foto e da legenda.
ResponderEliminarPrecisamos sempre de sonhar
Antes de mais, obrigado pela visita ao meu Rochedo. Gostei de conhecer o seu blog que, pelas primeiras impressões, promete. Parabéns!
ResponderEliminarSonhar é sempre bom e com vôos mais altos ainda melhor! Às vezes o difícil é acordar para a realidade... ;)
ResponderEliminarGostei do pássaro quase camuflado entre as barras de ferro!