O Ismael Gúsman, a Agatha Christie, o Gabriel Allon, a Francisca, a Isabela, o Ismael ben-Avrham, o Ismael Gúsman Júnior, o Sebastião, a Ekatrina Sminorva, o Ismael de Almeida, a senhora de Trás-os-Montes, o Rogério, as sobrinhas da senhora de Trás-os-Montes, o Ismael Sacadura Flores, o Ismaelix, o Espinheira, a Fernandinha, o barão francês, o Daniel Silva, o Goscinny e o Uderzo, o Dr. Castro Ribeiro, a Isaurinha Peres também conhecida como Isaurinha bate-sola, o Sr. Ismael de Gúsman y Toledo, a D. Laurentina, o Mário Zambujal, o Ismaelzinho, o homem de fato cinzento e chapéu, o Piskonov, o velho Ishmail Baruch, o Ismael Pinheiro, o Bernard Ismaelix, o meu pai e eu.
O Ismael Gúsman é o herói da nossa história, isso já todos sabem e são relembrados em cada episódio. Agatha Christie é escritora de livros policiais e de suspense, quiçá a mentora do judeu Ismael ben-Avraham, médico de profissão ou talvez um agente da Mossad disfarçado e apreciador de charutos cubanos. Gabriel Allon é o protagonista dos livros de espionagem do escritor Daniel Silva, um espião assassino e restaurador de quadros mas que não fará parte desta história, apenas foi citado. Francisca escreveu um manuscrito muito importante (que o paleólogo Espinheira tarda em descodificar) que ajudará com certeza o inspetor Ismael Sacadura Flores a desvendar o caso das sete facadas na corista italiana Isabela, companheira de quarto da bailarina clássica Ekatrina Smirnova. Ismael Gúsman Junior emigrou para o Canadá, já não me recordo se vos contei qual foi o destino dele, mas mais pormenores saberão assim como do seu filho Ismaelzinho e neto do nosso Ismael Gúsman que acabou adotado por uma misteriosa senhora de Trás-os-Montes ou pelas suas sobrinhas. O Dr. Castro Ribeiro continua a frequentar casas de alterne na cidade do Porto e tirando aquele caso de amizade com um presidente de um clube de futebol, não trará mais valor acrescentado à história. Mas isso fica para mais tarde. Ismael de Almeida, agente da Judiciária trabalha sempre sob disfarce e é muitas vezes visto a dar milho aos pombos mas não deve ser confundido com um tipo de fato cinzento e chapéu, que muitos julgam ter sido agente da PIDE. O Goscinny e o Uderzo são dois géneos da banda desenhada que me inspiraram a criar Ismaelix, um tipo com um bigode à Chalana, mas para o branco e o seu tio Bernand Ismaelix que assim como entrou em cena assim saiu e não se falará mais dele. O barão francês fez o que fez à Fernandinha, se calhar mato-o um dia destes afogado em vinho tinto, c’est pour cause. A Isaurinha bate-sola acabou por encornar o meu amigo Ismael Gúsman, não sei quantas mais referências vai ter aqui no livro. Tenho de ajudar o meu amigo a vingar-se. O Sebastião anda cá anda lá, ora está no cais do Sodré, ora embarca, ora passa pela tasca da Rua dos Correeiros a contar mentiras de viagens e a deixar pelo beicinho a nossa especialista em pastéis de bacalhau. A D. Laurentina, uma senhora séria a quem, bastas noites, o nosso querido Ismael Gúsman, todos sabemos órfão de D. Ismael de Gúsman y Toledo, pede perdão. Piskonov escreveu livros de matemática, editados em Portugal através de uma tradução do francês, não voltará a ser chamado. Ismael Pinheiro já nos disse que quando voltar a haver fados na tasca do meu amigo Ismael está disponível para tocar viola. Com cachet, é claro. O Rogério, ele próprio, haverá de escrever um livro, se é que não o escreveu já, tanto ele medita lá no cantinho da taberna e finalmente o meu pai e eu haveremos de nos arranjar por cá, pois também temos e teremos os nossos papéis.
Parece que hoje não adiantei nada ao livro que ainda não sei se um dia escreverei mas era absolutamente necessário fazer o ponto da situação para que, quer os que um dia gastem uns dezasseis euros numa edição impressa de Ismael e os outros, título provisório, mas que também poderia ser Nesta taberna há passarinhos fritos, outro título provisório, quer os que têm vindo a acompanhar na Internet esta saga, não se percam neste emaranhado de personagens onde, rai’s partam a ideia do autor, existem Isaméis para todos os gostos. Até o velho Ishmail Baruch um quase profeta bíblico e que coxeia que quase se não aguenta em pé, teve de aparecer na história.
Não gostaria de rematar este episódio sem vos falar no meu altamente apreciado autor Mário Zambujal, de quem já li várias obras, de cabeça umas quatro (ou cinco). O Zambujal foi, aqui atrasado, citado num episódio mas não entrará em cena. É que o meu livro já tem um coxo pelo que vou ter de dispensar o gago. Mas na verdade meu caro Mário, quem escreve assim…
No meu canto acompanho o discorrer sobre o já escrito e faço o esforço necessário para me concentrar nos personagens. Primeiro para recordar e depois os situar. Queria deixar na tasca sinais para o autor acarinhar mais uns que outros, só que o odor daquela única codorniz, a invadir-me o nariz de tão intenso, por esquecida na frigideira ainda no fogão, perturbou-me a reflexão... é que eu, tal como o Zambujal, gosto delas bem passadas. Havendo só um pitéu acho bem que não regresse à cena, ou pelo menos a esta... Aproveito o Ismael vir na minha direcção e faço-lhe o pedido, depressa servido bem regado com mais um copo de tinto...
ResponderEliminarBem.... acho que vou ter que por uma marca distintiva nos personagens!
ResponderEliminarEm caso de dúvida pergunto ao Ismael!!
Realmente os teus personagens quase todos têm algo em comum: o gosto por tascas, petiscos, pratos fartos, de bom vinho e fumar o que é de bom:)
ResponderEliminarSe me perguntasses eu opinaria que o título deveria ser:Nesta taberna há passarinhos fritos e sfv depois avisa para quando o lançamento e vê lá se te despachas, porque o Tio Gaspar irá passar de 17€ para vinte e tais:):)
Quanto ao Zambujal só li "Crónicas dos Bons Malandros" e recordo-me de um programa da rádio "Pão com Manteiga" com a colaboração de Carlos Cruz e outros que me dispunha tão bem:)
Sei que depois foi editado um livro sobre os textos do mesmo programa, mas nunca o li!
Sendo os passarinhos fritos a especialidade da casa, lembro-me de numa certa noite de fados, fadados para não serem cantados dada a inesperada aparição de certos agentes à paisana, ter comido uns apetitosos bolinhos de bacalhau na tasca do galego Ismael.
ResponderEliminarLonge vai esse tempo! Hoje, não consigo encontrar o fio à meada para desembaraçar esta miscelânea. E digo-lhe mais, meu caro amigo Constantino, se a meada da história for da mesma consistência das meadas de aletria dessa bonita foto, então é que vai ser um enleio do caraças.
Venha o Ismael Pinheiro! Se for preciso o cachet angaria-se entre a assistência.
Venham cantadeiras e marialvas! O povo gosta de animação à mistura com ginginha e o bater do bico da bota no chão...mas mais personagens...não!
Ósculos e amplexos.
;)
Esclarecida sobre as personagens do enredo e figurantes, só me resta que a história prossiga sem mais delongas! :)
ResponderEliminarDe Agatha Christie e de Mário Zambujal sou fã incondicional, já de Daniel Silva e o seu Gabriel Allon nem por isso... :D
Mas tens razão, quem escreve assim... :)))
Beijocas!
Juro, Vítor Fernandes, eu juro que não havia lido esse poste, antes do anterior...
ResponderEliminarPelo que percebo, não sou a única a se embaralhar com os personagens, alá, o Manel também quer um "crachá"...
;))